Subsecretária Cristina Reis destacou o Novo Brasil e comentou as ações do relatório elaborado por economistas para atender a presidência da COP 30
As iniciativas encaminhadas pelo governo brasileiro em prol da coalização aberta de mercados de carbono foram destacadas em evento realizado no sábado (20/9) na Universidade de Harvard, nos Estados Unidos, com participação da subsecretária de Desenvolvimento Econômico Sustentável do Ministério da Fazenda, Cristina Reis. Ela citou ações focadas no ambiente brasileiro, mas destacou, especialmente, medidas ainda mais amplas, com abrangência global, como o estabelecimento de um mercado regulado de carbono internacional e a criação do TFFF (Tropical Forest Forever Facility), o Fundo Florestas Tropicais para Sempre. “O Ministério da Fazenda está conduzindo importante agenda por meio do Plano de Transformação Ecológica”, ressaltou a subsecretária.
Sobre a proposta de integração internacional de precificação de carbono, Cristina destacou que a ideia, embora ambiciosa, tem plena capacidade de ser implantada. Nesse sentido, argumentou ser necessário “reunir o máximo de países possível” para a coalização internacional sobre o mercado de carbono, prestes a ser lançada. Dessa forma, será evitado que os diversos países e blocos “trabalhem sozinhos”, evitando dificuldades políticas e técnicas e otimizando esforços.
“Estou bastante otimista de que podemos anunciar a abertura da Coalizão dentro de algumas semanas, porque é hora disso. Acumulamos conhecimento e experiência; precisamos conversar agora sobre isso”, defendeu a subsecretária. A Coalizão para Integração dos Mercados de Carbono com inúmeros países é uma das propostas que o governo brasileiro prepara para levar a debate na 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (COP 30), a ser realizada em novembro em Belém (PA).
Conforme argumentou Cristina Reis, estabelecer harmonização dos padrões da precificação de carbono entre os países participantes dessa nova Coalizão pode trazer justiça e inclusão, com capacidade de melhorar a distribuição de renda entre as nações e, inclusive, entre grupos de pessoas dentro de cada um dos países envolvidos.
Ela destacou o desafio global de fornecer novos caminhos para desenvolver setores e projetos relacionados à agricultura, silvicultura e gestão de resíduos, ações relevantes especialmente para países de baixa renda, sempre sob o “compromisso comum no combate às mudanças climáticas”.
Entre os avanços obtidos sob o guarda-chuva do PTE, Cristina Reis apontou a construção da Taxonomia Sustentável Brasileira, sistema que classifica atividades econômicas sustentáveis. Essa iniciativa agora avança rumo à “Super Taxonomia”, ferramenta facilitará os fluxos de investimento para as atividades sustentáveis de cada mercado, estabelecendo princípios gerais para harmonizar as regras brasileiras às taxonomias de outros países.
Cristina integrou painel que debateu o tema “Forjando uma Coalizão Climática para uma Ação Global Ambiciosa”, atividade integrante do evento Harvard Climate Action Week, realizado na Universidade de Harvard, nos Estados Unidos.
Saiba mais sobre o Novo Brasil
O Novo Brasil – Plano de Transformação Ecológica é a estratégia brasileira coordenada pelo Ministério da Fazenda para promover a transição para uma economia de baixo carbono, ao mesmo tempo em que aproveita os ativos e vocações do país na indústria, agricultura, energia renovável, infraestrutura, bioeconomia, ciência e tecnologia para construir um novo ciclo de desenvolvimento sustentável e inclusivo.
Faz parte da Contribuição Nacionalmente Determinada (NDC, na sigla em inglês) brasileira e se estrutura em um amplo conjunto de ações e meios de implementação financeiros, fiscais, regulatórios e administrativos para o alcance das metas.
Fonte: gov.br/fazenda/pt-br
Imagem: Internet
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